sexta-feira, 11 de abril de 2008

China não vai liberar visita ao Tibet até o fim da Olimpíada

10/04/2008
12:51

PEQUIM (Reuters) - A China não vai reabrir a região do Tibet aos estrangeiros até o fim da Olimpíada de agosto, abandonando os planos de deixar os turistas voltarem no começo de maio, disse um grupo de defesa dos direitos tibetanos, baseado nos Estados Unidos.

A Administração Nacional do Turismo, assim como o governo tibetano e a autoridade do turismo não comentaram o assunto imediatamente.

A decisão de adiar a reabertura pode indicar que o governo comunista chinês ainda está preocupado com a instabilidade do Tibet e vai continuar assim por alguns meses, depois de uma série de protestos e um motim em Lhasa, no dia 14 de março.

As viagens ao Tibet já são normalmente restritas. Os estrangeiros devem obter licenças especiais e fazer visitas em grupo. Já os repórteres estrangeiros que vivem na China não podem ir à região do Himalaia sem permissão.

Depois da explosão de violência em Lhasa, o governo parou de lançar licenças, alegando preocupações com a segurança. A mídia estatal disse que o Tibet seria aberto novamente aos turistas a partir do dia 1o de maio.

"Mas, de acordo com relatórios confiáveis, parece que a reabertura pode não acontecer até o final da Olimpíada", disse a Campanha Internacional pelo Tibet em um comunicado.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Jiang Yu, disse que o governo da Região Autônoma do Tibet está fazendo o possível para restaurar a normalidade e que as restrições atuais foram "um arranjo especial para um período especial".

Os protestos tibetanos anti-Pequim e a repressão chinesa influenciaram manifestações ao longo da rota do revezamento da tocha Olímpica, em Londres, Paris e São Francisco. A China vai tentar levar a chama ao tipo do monte Everest em maio e também planeja passar com ela por outras partes do Tibet, em junho.

Em 2006, a Região Autônoma do Tibet arrecadou 17,5 milhões de dólares com o turismo, de acordo com a mídia chinesa.

(Reportagem de Guo Shipeng e Sally Huang)

China nega pedido de visita da ONU ao Tibet em abril

10/04/2008
13:11

GENEBRA (Reuters) - A China recusou um pedido de visita de Louise Arbour, a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos. Ela queria visitar o Tibet neste mês para avaliar a questão dos protestos anti-China nos quais pelo menos 19 pessoas morreram, disse seu porta-voz nesta quinta-feira.

"As autoridades chinesas responderam... e disseram que não seria conveniente neste momento", disse o porta-voz Rupert Colville à Reuters.

"Entretanto, eles disseram que ela seria bem-vinda mais tarde, em uma data que fosse conveniente para ambos", disse ele. Arbour fez o pedido há duas semanas, diante da instabilidade na região e dos relatos de assassinatos e prisões em massa.

Os protestos de tibetanos e a repressão chinesa no Tibet influenciaram manifestações durante o revezamento da tocha olímpica em Paris, Londres e São Francisco. A Olimpíada de Pequim começa no dia 8 de agosto.

Arbour, ex-promotora de crimes de guerra da ONU e juíza da Suprema Corte canadense, planejava ir ao Tibet no meio de abril, para avaliar a situação depois da série de protestos de monges budistas e das revoltas em Lhasa no dia 14 de maio, disse o porta-voz.

A China diz que 19 pessoas morreram nos protestos, mas assistentes do Dalai Lama, o líder espiritual exilado do Tibet, dizem que foram 140 mortos no Tibet e nas províncias vizinhas com grande número de tibetanos.

Separadamente, seis investigadores de direitos humanos da ONU pediram que a China seja moderada e permita que jornalistas e especialistas independentes tenham acesso ao Tibet e regiões vizinhas atingidas pela violência.

Mais de 570 monges, incluindo algumas crianças, foram presos em março, quando as forças de segurança chinesas fizeram ataques repentinos a monastérios nos municípios de Ngaba e Dzoge, no Tibet, disseram eles em um comunicado conjunto na quinta-feira.

Os investigadores da ONU têm mandato global para averiguar denúncias de tortura, matanças, detenções arbitrárias e questões de minorias, assim como restrições à liberdade de opinião, expressão e religião.

McCain diz que boicotaria cerimônia de abertura da Olimpíada

10/04/2008
16:39

WASHINGTON (Reuters) - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, disse nesta quinta-feira que o presidente George W. Bush deveria repensar os planos de comparecer à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, baseado nas concessões que poderiam ser feitas pela China em relação ao Tibet e ao Dalai Lama.

"Acredito que o presidente Bush deveria avaliar sua participação nas cerimônias olímpicas e, baseado nas ações chinesas, decidir se é ou não apropriado comparecer", disse McCain em um comunicado escrito.

McCain deixou claro o que faria se fosse presidente.

"Se as práticas e políticas não mudassem, eu não iria às cerimônias de abertura", disse McCain.

"Não é útil para o governo chinês, nem para o povo chinês, que os Estados Unidos e outras democracias finjam que a supressão de direitos não nos diz respeito."

A China tem sido severamente criticada pelos governos ocidentais por uma repressão sangrenta no Tibet. A China sediará a próxima edição dos Jogos Olímpicos e o presidente norte-americano, até agora, planeja comparecer à cerimônia de abertura em Pequim.

McCain, candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA, enfrentará o senador de Illinois, Barack Obama, ou a senadora de Nova York, Hillary Clinton nas eleições presidenciais de novembro.

Tanto Hillary quanto Obama disseram que Bush deveria boicotar a cerimônia de abertura das Olimpíadas se a China não tomar medidas para acabar com o genocídio em Darfur e para melhorar as condições dos direitos humanos no Tibet.

Bush diz que planeja comparecer às cerimônias, mas na quarta-feira, sua porta-voz, Dana Perino, disse a jornalistas que ainda era "muito cedo" para que ela anunciasse a agenda do presidente.

Bush contou à rede católica EWTN que seus planos não haviam mudado e que ele pretendia ir aos Jogos. Ele disse que tem, repetidamente, tratado da questão da liberdade religiosa com líderes chineses.

McCain disse ao programa "The View" da rede televisiva ABC que a China precisa rapidamente de "algum progresso com o Dalai Lama, incluindo diálogos e a cessão desta repressão brutal que estamos vendo no Tibet".

"A menos que eles mudem alguma coisa rapidamente, eu não iria à cerimônia", disse o senador de Arizona. "Não podemos ter uma nação que é uma potência mundial em vários aspectos se comportando assim, de maneira opressora e brutal. Então acho que um recado deve ser mandado aos chineses, e um recado bem forte."

(Reportagem de Steve Holland)

domingo, 30 de março de 2008

Olimpíada é chance para defender direitos, diz Dalai Lama

27/03/2008

10:20




NOVA DÉLHI - O Dalai Lama considera a Olimpíada deste ano em Pequim como uma oportunidade para que o mundo chame a atenção da China para a situação de seus direitos humanos, mas insistiu que apóia a realização dos Jogos. "A fim de ser uma boa anfitriã dos Jogos Olímpicos, a China deve melhorar seu histórico no campo dos direitos humanos e da liberdade religiosa. Isso é muito lógico, muito razoável", disse o líder espiritual tibetano em entrevista transmitida na sexta-feira pelo canal NDTV, da Índia, onde ele vive exilado. Violentos protestos neste mês no Tibete ofuscaram os preparativos para a Olimpíada e trouxeram novamente ao noticiário a questão dos direitos humanos naquela região do Himalaia. Na França, em Taiwan e em outros lugares, dirigentes políticos e ONGs cogitaram um boicote à Olimpíada. O governo tibetano no exílio, que funciona na cidade indiana de Dharamsala, estima que 140 pessoas tenham morrido na repressão aos protestos. A China diz que 19 pessoas foram mortas por arruaceiros tibetanos. Pequim atribui a violência ao Dalai Lama, a quem acusa de tentar sabotar a Olimpíada. O Dalai Lama nega o envolvimento e ameaça renunciar ao comando do governo no exílio caso a violência se agrave. "Desde o começo há algumas ONGs, alguns indivíduos que manifestaram sua preocupação", disse ele, pedindo mais empenho do mundo pela causa tibetana. "Então a comunidade mundial, inclusive nós, tibetanos, acha que os chineses precisam ser lembrados sobre seu histórico de direitos humanos, liberdade religiosa e o caso do Tibet." A primeira etapa da viagem da tocha olímpica, iniciada nesta semana na Grécia, já foi marcada por protestos pró-Tibet. Há muitos protestos na Índia, e no fim de semana uma multidão tentou invadir a embaixada chinesa em Nova Délhi. Mas o governo indiano tenta tranquilizar Pequim quanto à passagem da tocha pelo país. "Vamos fornecer todos os arranjos possíveis para garantir que a tocha olímpica viaje pacificamente pela Índia", disse o assessor de Segurança Nacional M.K. Narayanan a jornalistas na quarta-feira.

Tensões aumentam no Tibet com tocha olímpica perto de Pequim

30/03/2008
11:47

Por Lindsay Beck
PEQUIM (Reuters) - Uma nova onda de agitações parece ter se espalhado pela capital do Tibet, indicando que a tensão e a volatilidade permanecem em Lhasa semanas após uma sangrenta revolta contra o governo.
Ainda não estava claro exatamente o que ocorreu em Lhasa no sábado, mas uma mensagem de telefone celular passada a moradores pela polícia informava que checagens de segurança realizadas mais cedo haviam "assustado cidadãos" e causado pânico no centro da cidade
A Campanha Internacional pelo Tibet, sediada em Washington, e a Rádio Free Asia divulgaram relatos de testemunhas que descreveram pessoas "correndo para todas as direções e gritando".
Não estava claro se a checagem havia sido a resposta a um protesto ou se a própria medida gerou pânico.
"Combata severamente qualquer invenção ou qualquer rumor que possa gerar desordem ou assustar a população ou causar desordem social ou comportamento ilegal criminoso que possa danificar a estabilidade social", dizia a mensagem de texto, que foi reproduzida pela campanha Free Tibet e pela Campanha Internacional pelo Tibet.
As recentes tensões ocorrem no momento em que a China se prepara para receber a tocha olímpica em sua capital Pequim, na segunda-feira, para o começo de um revezamento doméstico e internacional que o governo esperava simbolizar a união nacional antes dos Jogos, em agosto.
Em vez disso, a China se encontra sob críticas por conta de sua política para o Tibet e sua resposta aos protestos de sua população, e enfrenta a perspectiva se semanas de protesto enquanto a tocha olímpica circula pelo globo. As tensões começaram com dias de protestos pacíficos liderados por monges em Lhasa que se transformaram em um violento distúrbio em 14 de março que o governo diz ter matado 18 civis e ter sido planejado pelo Dalai Lama, o líder espiritual do Tibet.
O Dalai Lama, que deixou a China em 1959 depois de uma fracassada rebelião contra o governo comunista da China, nega estar por trás dos protestos, que seus representantes dizem ter custado 140 vidas.
A agência de notícias estatal chinesa Xinhua divulgou no domingo o que diz ser uma evidência fornecida por um suspeito detido que mostrava que o Dalai Lama estava por trás da rebelião.
Um encontro do governo no exílio no dia dos distúrbios decidiu conclamar monges em monastérios através da China a sair às ruas e convocar tibetanos leigos. Esse encontro desencadeou protestos sucessivos em regiões do Tibet, disse o relatório.
Falando no Laos, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse que a revolta em Lhasa foi "violenta e criminosa".
"Eles feriram os interesses do próprio povo tibetano", afirmou a jornalistas da TV de Hong Kong. "Nós esperamos que os governos em todo o mundo e a mídia possam abordar esse tema de uma maneira objetiva e justa. O governo chinês tem a habilidade de solucionar a questão". disse Wen.
(Reportagem adicional de Chris Buckley, em Gansu, e Tan Ee Lyn, em Hong Kong)

Tocha olímpica é acesa em meio a protestos pró-Tibet

24/03/2008

09:35


Por Karolos Grohmann
OLÍMPIA, Grécia (Reuters) - Manifestantes pró-Tibet tentaram interromper a cerimônia de acendimento da tocha olímpica dos Jogos de Pequim no antigo estádio da cidade de Olímpia, na Grécia, nesta segunda-feira.
Em uma cerimônia transmitida para TVs de todo o mundo para marcar o início dos cinco meses de revezamento da tocha, a atriz Maria Nafpliotou, interpretando uma sacerdotisa, acendeu a tocha em frente ao templo de Hera.
Entretanto, pouco antes do início da cerimônia no sítio arqueológico que foi sede dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, três manifestantes conseguiram romper o bloqueio policial.
Um deles, carregando uma faixa preta com os cinco anéis olímpicos, conseguiu se aproximar do chefe do comitê organizador dos Jogos, Liu Qi, durante seu discurso em frente a centenas de autoridades. O manifestante foi retirado do local sem conseguir chegar a Liu.
Liu, que se manteve calmo durante o protesto, disse: "A chama olímpica vai radiar luz e felicidade, paz e amizade, e esperança e sonhos para o povo da China e de todo o mundo".
A polícia informou que três pessoas foram detidas até o momento e serão acusadas por desordem.
A organização Repórteres Sem Fronteiras assumiu a responsabilidade pela manifestação para protestar contra as violações aos direitos humanos na China.
"Se a chama olímpica é sacrificatória, os direitos humanos são ainda mais", disse o grupo em comunicado na versão francesa de sua página na Internet.

"Não podemos deixar o governo chinês aproveitar a chama olímpica, um símbolo de paz, sem condenar os dramáticos direitos humanos no país."
O secretário-geral do Repórteres Sem Fronteiras, Robert Menard, levantou um segundo cartaz preto da área VIP onde estava sentado.
Também houve protestos durante os primeiros metros do revezamento da tocha, com vários manifestantes tentando segurar os corredores. Outras pessoas vestiam camisas Tibet Livre e uma grande faixa foi extendida entre dois prédios em uma das principais ruas de Olímpia.
"Eles conseguiram atrasar o revezamento um pouco em três partes diferentes da avenida", disse um fotógrafo da Reuters.
A polícia informou que outros 25 manifestantes tentaram seguir para o protesto na antiga cidade onde a cerimônia aconteceu, mas foram detidos pela polícia após pequenos enfrentamentos.
A polícia também informou que o vice-diretor do Estudantes por um Tibet Livre, que havia prometido realizar um protesto contra a ocupação da China no Tibet, e um fotógrafo grego que estava com ele desde domingo foram detidos.
"Fui preso por mais de 20 policiais gregos. Agora estou detido na delegacia", disse Tenzin Dorjee à Reuters. Ele contou que foi detido com o fotógrafo por policiais à paisana em Olímpia, longe do local da cerimônia.
O atleta grego Alexandros Nikolaidis, medalhista de prata no taekwondo nos Jogos de Atenas em 2004, foi o primeiro a carregar a tocha durante o revezamento que passa seis dias na Grécia antes da entrega da tocha aos chineses em 30 de março.
"Expresso aqui a esperança de que o símbolo da tocha seja reconhecido por todos e que as circunstâncias corretas sejam criadas por onde quer que a tocha viaje, para que esse símbolo ressoe", disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge.
(Reportagem adicional de Dina Kyriakidou em Atenas e Kevin Coombs e Deborah Kyvrikosaios em Olímpia)

China mantém passagem de tocha olímpica pelo Tibet

19/03/2008
11:02

Por Nick Mulvenney e Lindsay Beck
PEQUIM (Reuters) - A China prometeu na quarta-feira que a tocha olímpica passará pelo Tibet, apesar dos distúrbios na região, e alertou contra protestos internacionais pela repressão, que devem marcar os Jogos de Pequim, em agosto.
"A situação no Tibet essencialmente se estabilizou, o revezamento da tocha olímpica vai ocorrer como previsto", disse Jiang Xiaoyu, vice-presidente-executivo do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, em entrevista coletiva.
A repressão no Tibet e em províncias vizinhas, depois de distúrbios que podem ter resultado em dezenas de mortes, levou a apelos de boicote aos Jogos. Deve haver manifestações de apoio ao Tibet na passagem da tocha por 19 cidades de fora da China, em um percurso de 97 mil quilômetros, em abril.
"Somos da opinião de que essas atividades são um desafio à Carta Olímpica, um desafio a todos os que amam o movimento olímpico no mundo", disse Jiang.
"Essas atividades não vão conquistar corações e mentes de pessoas e estão fadadas ao fracasso. A mensagem que estamos tentando transmitir por meio do revezamento da tocha é de paz, amizade e harmonia."
A China mantém na quarta-feira as acusações de que o Dalai Lama, líder espiritual tibetano no exílio, é o mentor das manifestações, o que ele nega.
"O Dalai é um chacal em trajes de monge budista, um espírito mau com um rosto humano, o coração da besta", disse o secretário do Partido Comunista do Tibet, Zhang Qingli, numa teleconferência de autoridades regionais, segundo o serviço China Tibet News.
"Estamos engajados numa dura batalha de sangue e fogo com a camarilha do Dali, uma luta de vida ou morte entre o inimigo e nós", acrescentou.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou que deve receber o Dalai Lama numa visita do religioso à Grã-Bretanha, marcada para maio. A notícia deve irritar Pequim.
De acordo com Brown, o premiê Wen Jiabao lhe disse na quarta-feira estar disposto a conversar com o Dalai Lama sob certas condições.
O Dalai Lama diz defender apenas uma maior autonomia para o Tibet, e não a independência. Seu governo no exílio diz que 99 pessoas morreram na repressão das forças chinesas contra um protesto na sexta-feira em Lhasa, a capital do Tibet. Pequim diz que houve 16 mortos, a maioria "civis inocentes".
A agência oficial China News Service disse que até agora 160 ativistas de Lhasa se entregaram às autoridades, cumprindo prazo dado pelo governo regional, até a noite de segunda-feira.
(Reportagem adicional de Chris Buckley e Benjamin Kang Lim em Pequim, John Ruwitch na província de Sichuan e de Tan Ee Lyn em Hong Kong)

Sarkozy não descarta idéia de boicote à abertura de Olimpíadas

27/03/2008
14:13

LONDRES (Reuters) - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, deixou aberta nesta quinta-feira a possibilidade de não participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim por causa da repressão chinesa a manifestações no Tibet. Falando em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, Sarkozy disse que sua participação ou não na cerimônia vai depender de como a situação no Tibet evoluirá e de consultas a outros países europeus.
"Nós ficamos chocados com o que aconteceu no Tibet e fizemos saber a nossa grande preocupação, cada um a seu modo", disse Sarkozy a jornalistas, referindo-se a ele próprio e a Brown.
A crise no Tibet começou com marchas pacíficas de monges budistas em Lhasa mais de duas semanas atrás. Depois de dois dias, manifestações violentas resultaram em ataques a migrantes chineses não-tibetanos, resultando em duras respostas das forças de segurança.
A China diz que os monges tibetanos mataram 19 pessoas. O governo tibetano no exílio diz que 140 pessoas morreram em Lhasa e em outros locais, a maioria tibetanos vítimas das forças de segurança.
Sarkozy, cujo país assumiu a presidência rotativa de seis meses da União Européia em julho, repetiu seu pedido para que o governo chinês dialogue com o líder espiritual do Tibet, o Dalai Lama, que vive no exílio.
"Nós dois achamos que a única solução é a restauração do diálogo entre autoridades chineses e o Dalai Lama a respeito da territorialidade chinesa", disse ele.
O pedido de Sarkozy repete o que já havia dito o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que pediu na quarta-feira por telefone ao presidente chinês, Hu Jintao, que converse com o Dalai Lama.
Sarkozy disse na terça-feira que todas as opções deveriam ser mantidas abertas quanto à possibilidade de um boicote à cerimônia de abertura dos Jogos.
"Eu serei presidente da União (Européia) na época da cerimônia de abertura. Eu devo saber o que os outros pensam antes de estabelecer uma posição sobre se estarei na cerimônia de abertura ou não", disse Sarkozy nesta quinta-feira.
Ao contrário de Sarkozy, Brown disse que vai encontrar-se com o Dalai Lama em maio, uma decisão que pode despertar insatisfação de Pequim.
Brown, cujo país vai receber os Jogos Olímpicos de Londres em 2010, disse que a Grã-Bretanha vai participar tanto dos Jogos Olímpicos como da cerimônia de abertura.
(Reportagem de Sophie Louet)

Ativistas rejeitam passagem de tocha olímpica pelo Tibet

18/03/2008
10:02

Por Nick Mulvenney
PEQUIM (Reuters) - Ativistas pró-Tibet enviaram uma carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta terça-feira, solicitando que a região do Himalaia e outras três províncias vizinhas sejam retiradas do percurso do revezamento da tocha olímpica dos Jogos de Pequim.
O premiê chinês, Wen Jiabao, disse mais cedo que os protestos na região tinham como objetivo incitar um boicote à Olimpíada, e reiterou que os Jogos de agosto não deveriam ser politizados.
Protestos anti-China na capital tibetana Lhasa foram marcados por cenas de violência, o que ameaça manchar a preparação da China para os Jogos Olímpicos. O evento é visto pelo país como a chance de mostrar para o mundo os avanços da sociedade chinesa.
O revezamento da tocha olímpica, que começa na próxima segunda-feira quando a chama olímpica será acesa na Grécia, tem duas passagens previstas pelo Tibet.
A Rede Internacional de Apoio ao Tibet disse em comunicado que havia enviado uma carta ao COI solicitando que o revezamento da tocha não passe por Tibet, Sichuan e Gansu, locais onde moram tibetanos.
"A menos que o COI queira que a tocha olímpica se torne um símbolo de derramamento de sangue e opressão, eles devem imediatamente retirar todas as províncias tibetanas do trajeto do revezamento da tocha olímpica", disse um porta-voz dos ativistas no comunicado.
A rota do revezamento da tocha foi realizada pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim, antes de receber a aprovação do COI no ano passado.
O premiê chinês Wen Jiabao acusou o exilado líder espiritual do Tibet, Dalai Lama, de orquestrar as manifestações em Lhasa na semana passada, quando dezenas de pessoas foram mortas.
O Dalai Lama e seus aliados negaram repetidamente as acusações. O Dalai Lama também declarou apoio aos Jogos Olímpicos.
(Reportagem de Nick Mulvenney)

'O boicote não será uma solução', afirma Rogge sobre o Tibet

17/03/2008
20:38:09

Port of Spain (Trinidad & Tobago) - Apesar dos recentes protestos contra a repressão chinesa no Tibet, não houve nenhum pedido oficial de boicote por parte dos países que participarão das Olimpíadas de Pequim, neste ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge.
'Não houve qualquer pedido por um boicote, nem vindo dos governos, e nós ficamos bem animados com a posição da União Européia e dos principais governos do mundo que disseram quase unanimemente que um boicote não será uma solução', disse Rogge em Trinidad & Tobago, uma de suas paradas pela região do Caribe, onde realiza uma excursão pelo COI.
Em reação ao silêncio dos países participantes em relação ao problema da invasão chinea no Tibet, manifestantes pró-independência vão organizar um protesto em frente à sede do COI na Suíça na terça-feira, pedindo que a instituição impeça que a tocha olímpica passe pela região, revelou o porta-voz do Comitê Olímpico tibetano, Kelsang Gope.
'Nós estamos em contato com a organização dos Jogos de Pequim diariamente. Todos os dias nós entramos em contato com eles mas o Comitê Olímpico Internacional tem que lidar com esporte, e não com política', concluiu Rogge.

Dalai Lama denuncia 'genocídio cultural' chinês no Tibete

16/03/2008

08:32



LONDRES - O líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, pediu uma investigação internacional sobre o que caracterizou como "genocídio cultural" cometido pelas autoridades chinesas na região autônoma.

O governo afirma que 10 pessoas morreram durante os protestos que ocorreram na sexta-feira contra os mais de 50 anos de domínio chinês no Tibete - boatos de que este número seria até dez vezes maior são difíceis de confirmar, disse o correspondente da BBC em Pequim Dan Griffiths.

No sábado, o governo da região autônoma do Tibete estabeleceu um prazo até a meia-noite da segunda-feira, 17, para que os envolvidos nas manifestações da sexta-feira se entreguem.
Em uma entrevista à BBC, o lama - palavra tibetana que designa o mestre ou líder espiritual - disse ter sentido "o mesmo espírito de 1959", quando o último grande levante tibetano contra a ocupação chinesa acabou obrigando-o a se exilar no exterior. "(A situação) se tornou muito, muito tensa. O lado tibetano está determinado. O lado chinês está igualmente determinado. Isso significa: mortes e mais sofrimento", declarou ele. "O governo chinês não está vendo a realidade. Eles acham que só porque têm armas têm o controle. Sim, podem controlar. Mas não podem controlar a mente humana. Quanto mais repressão, mais ocupação militar e mais repressão militar, mais ressentimento." As declarações foram feitas em Dharamsala, no norte da Índia, onde o guru vive desde 1959. Mais tarde, ele falou a um grupo de jornalistas e pediu uma investigação para "descobrir o que está acontecendo" na região do Tibet. "Por favor, investiguem por sua conta, ou se possível com alguma organização internacional, primeiro, qual é a situação no Tibet, e quais são os prejuízos", pediu ele aos repórteres. "Que o governo chinês admita ou não, este é o problema. O problema é que uma nação com um patrimônio cultural antigo está enfrentando sérios perigos."

Dalai Lama diz que mentiras da China podem criar tensão racial

28/03/2008
11:47

NOVA DÉLHI, Índia (Reuters) - O Dalai Lama acusou na sexta-feira os meios de comunicação chineses de mentirem e de distorcerem os fatos ao divulgarem informações sobre os protestos ocorridos no Tibet.
Segundo o líder espiritual tibetano, tal atitude poderia alimentar as tensões raciais entre os tibetanos e os chineses da etnia han.
"Isso é algo que me preocupa bastante", afirmou o Dalai Lama em um comunicado.
"A forma como os meios de comunicação retrataram os fatos ocorridos recentemente no Tibet, lançando mão de mentiras e de imagens distorcidas, poderia espalhar as sementes da tensão racial com imprevisíveis consequências de longo prazo."
(Reportagem de Krittivas Mukherjee)

UE pede à China que restrinja uso da violência no Tibet

14/03/2008
13:07

BRUXELAS, Bélgica (Reuters) - Os dirigentes da União Européia (UE) conclamaram a China na sexta-feira a agir com moderação no Tibet, depois da violência registrada em Lhasa durante manifestações pró-independência, afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner.
"Nós pedimos moderação da parte das autoridades chinesas. Pedimos que os direitos humanos sejam respeitados. Há uma condenação bastante contundente vinda de todos, do Conselho Europeu e dos 27 países-membros (do bloco)", disse Kouchner.
Um comunicado acertado pelos líderes da UE ao final de uma cúpula de dois dias, realizada em Bruxelas, também defendeu a libertação das pessoas presas no Tibet.
As passeatas pacíficas realizadas por monges budistas nos últimos dias deram lugar aos maiores e mais ferozes protestos ocorridos na região em quase duas décadas, e isso a apenas alguns meses das Olimpíadas de Pequim.
Os manifestantes queimaram lojas e veículos na sexta-feira e gritaram palavras de ordem em defesa da democracia, fazendo com que o Dalai Lama apelasse ao governo chinês a fim de que parasse de usar a "força bruta".
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, afirmou em uma entrevista coletiva realizada após a cúpula: "Estamos muito preocupados com o que está acontecendo no Tibet."
Segundo Kouchner, o comunicado dos líderes da UE não mencionou os Jogos Olímpicos porque o evento ocorre em agosto.
"A França não é a favor de um boicote. Mas a França poderia chamar atenção para o fato de os Jogos coincidirem com os apelos feitos pelos tibetanos, apelos esses que a China precisa levar em conta", afirmou.
(Por Huw Jones e Adrian Croft)

MUNDO CATÓLICO ITALIANO REAGE À REPRESSÃO NO TIBET

18/03/2008
15:29:00

Cidade do Vaticano, 18 mar (RV) - "A condição do povo tibetano traz à luz uma verdadeira tragédia planetária: a realidade de homens e mulheres que, no século XXI, ainda são perseguidos por sua fé." O comentário é do Pe. Aurelio Fusi, assessor de imprensa da Obra Dom Orione. "As comunidades cristãs nos quatro continentes contam muitos mártires. Expressamos a nossa solidariedade a todos os que são perseguidos e mortos por sua religiosidade", prossegue o padre."Agradecemos ao Santo Padre por ter escolhido, como tema da via-sacra, a perseguição dos mártires do nosso século. Será mais uma ocasião para refletir e continuar a trabalhar para que o futuro da humanidade seja no respeito de todas as religiões e culturas", acrescenta. A Conferência Episcopal Italiana, por meio do diretor da Fundação Justiça e Solidariedade, o economista Riccardo Moro, expressa seu parecer: "A 'nova China' está na moda, mas seu poder nasce do cano do fuzil. É preciso recordar isso quando se discutem acordos comerciais ou nos preparamos para participar das Olimpíadas". Moro se diz preocupado com o cinismo do poder chinês na repressão em ato nesses dias no Tibet e cita as vítimas da 'revolução cultural' na região e os impedimentos para os budistas tibetanos em relação à liberdade de culto e de palavra. Já o bispo de São Marino e Montefeltro, Dom Lugi Negri, é ainda mais severo: "Os povos civis devem boicotar as próximas Olimpíadas de Pequim". Dom Negri recordou ontem que "o povo tibetano é culto e pacífico, mas submetido a décadas de ocupação de uma potência que não tinha algum direito de ocupar". (CM/BF)

Protestos contra a China continuam na Grécia após cerimônia da tocha

24/03/2008
12:08

Folha online

Os protestos contra a repressão do governo chinês na província do Tibete continuaram na cidade de Olímpia (Grécia) após a cerimônia de acendimento da tocha olímpica, nesta segunda-feira.
Após a cerimônia, manifestantes penduraram uma bandeira em um dos prédios na principal rua de Olímpia e atrapalharam o carregamento da tocha ao bloquear brevemente o comboio de carros. Muitos utilizaram camisetas com a inscrição "Free Tibet" ("Tibete livre").
Na cerimônia de abertura, na manhã desta segunda, membros da organização Repórteres Sem Fronteiras foram detidos. Um deles mostrou uma bandeira estilizando os anéis olímpicos como algemas enquanto Liu Qi, president do Bocog (comitê organizador chinês) e membro do gabinete político do partido comunista, fazia seu discurso.
Cerca de 20 pessoas tentaram se aproximar da cerimônia, mas foram impedidas pela polícia. Uma mulher de origem tibetana se pintou de vermelho e deitou no chão, em frente ao grego Alexandros Nikolaidis, medalha de prata no taekwondo dos Jogos de Atenas-2004, que carregava a tocha. Outras pessoas protestavam gritando "free Tibet".
O porta voz do governo da Grécia Evangelos Antonaros disse à agência de notícias Reuters que "o governo condena qualquer tentativa de interferência no tradicional revezamento da tocha, especialmente com ações que não condizem com o espírito olímpico".
O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, comentou em entrevista à agência Associated Press que busca uma "diplomacia silenciosa" na questão da China com o Tibete e em outros assuntos relacionados a direitos humanos.
"Discutimos esses assuntos diariamente com as autoridades chinesas, enquanto respeitamos a soberania da China nestas questões", declarou Rogge.
O dirigente ainda falou que não há planos de mudança na rota do revezamento da tocha, que irá passar pelo Tibete, mas não descartou a hipótese. "Ninguém pode prever o futuro", disse.
Rogge também comentou que os atletas não serão impedidos de se manifestar politicamente --desde que isso não aconteça nos locais de disputa dos Jogos ou na Vila Olímpica.
"Fora dos locais, os atletas são livres para fazer o que quiserem. Fui assegurado pelas autoridades chinesas de que eles respeitarão a liberdade de expressão dos atletas, que deverão respeitar as leis do país", disse Rogge, perguntado se os esportistas poderiam andar com uma camiseta apoiando a causa tibetana.

SITES DE ONGS PRÓ-TIBETE E DARFUR SOFREM ATAQUES NA CHINA

26/03/2008
14:43

LONDRES, 26 MAR (ANSA) - Organizações não governamentais consideradas hostis ao governo chinês sofrem, além da suspensão de seus sites na internet pelas autoridades, ataques de hackers, de acordo com uma reportagem transmitida hoje pela rede de TV britânica British Broadcasting Corporation (BBC). Entre as vítimas dos ataques virtuais estão organizações a favor do Tibet e a coalizão "Salve Darfur", que critica a atuação chinesa na região de Darfur no Sudão, que sofre uma séria crise há anos, na qual já morreram milhares de pessoas devido aos conflitos entre os árabes e a minoria africana que habita essa região do país. Representantes da "Salve Darfur" afirmaram que também levaram as reclamações sobre os ataques via internet à entidade da justiça norte-americana Federal Bureau of Investigation (FBI). Segundo eles, a maioria dos ataques ocorre sob a forma de mensagens de e-mail com anexos que, quando abertos, instalam "programas espiões" que permitem saber o que ocorre nos computadores em que se instalam. As primeiras investigações apontaram que essas mensagens vêm de computadores da capital chinesa. "Alguém em Pequim está nos mandando uma mensagem, ainda que não tenhamos provas concretas de que os ataques tenham sido organizados pelo governo", disse a porta-voz da organização, Allyn Brooks. As tragédias humanitárias de Darfur mobilizam a atenção internacional - a organização "Salve Darfur" reúne mais de 130 milhões de participante de diversas nacionalidades. O governo chinês é acusado de patrocinar o genocídio dos africanos vendendo armas ao governo do Sudão, além de não colaborar tanto quanto poderia para a melhoria da situação do país, com o qual mantém intenso intercâmbio comercial (cerca de 71% das exportações sudanesas vêm da China, que também é seu maior importador). Segundo um informe do Internet Storm Center, site que limita a atividade de vírus informativos, desde o começo das novas revoltas do Tibet contra o domínio chinês, em março deste ano, os ataques de hackers a sites que apóiam a posição dos monges tibetanos triplicaram. (ANSA)

Lhasa é fechada, mas protestos seguem na China e Índia

15/03/2008
14:57

capital do Tibete, Lhasa, foi fechada neste sábado, dia seguinte da maior e mais violenta manifestação ocorrida contra o governo chinês em quase duas décadas. As ruas estavam praticamente vazias e as proximidades dos locais dos protestos eram mantidas fechadas por soldados e cordões de isolamento. Hotéis, restaurantes e outros pontos comerciais permaneceram fechados neste sábado e turistas orientados a não sair dos hotéis e a providenciarem o retorno para suas casas. Um turista holandês, que deixou a capital tibetana neste sábado, disse ter visto cerca de 140 caminhões com soldados chegando a Lhasa. As autoridades tibetanas deram até a segunda-feira para que os responsáveis se entreguem, caso contrário enfrentarão punições. A agência de notícias oficial da China, a Xinhua, anunciou que 10 pessoas foram mortas nos protestos de ontem na capital tibetana, incluindo dois funcionários de um hotel e dois proprietários de lojas. A agência Xinhua acrescentou que nenhum estrangeiro havia ficado ferido. O governo tibetano exilado no norte da Índia, na cidade de Dharmsala, disse haver 30 mortos confirmados nas manifestações de ontem e que as mortes não confirmadas chegam a 100, citando fontes que não puderam ser checadas. Mas em algumas regiões da China, no Nepal, na Índia, Austrália e Suíça vários protestos aconteceram neste sábado, com intervenção da polícia. No oeste da China, a polícia atirou gás para dispersar centenas de monges budistas e outros manifestantes que iniciaram um segundo dia de protestos em simpatia às demonstrações anti-China de Lhasa. Na Índia, a nova marcha em direção ao Tibete foi reiniciada neste sábado, com dezenas de pessoas, muitas delas monges budistas, nas proximidades da área onde exilados tibetanos foram presos nos últimos dias. Os manifestantes vão em direção ao Tibete, onde pretendem chegar no início das Olimpíadas de Pequim, em agosto.Na Austrália, a polícia utilizou bastões e gás pimenta para dispersar manifestantes em frente ao consulado chinês em Sidney. Na Suíça, a polícia também teve de intervir para conter protestos em frente ao consulado chinês. Grupos tibetanos querem que o governo suíço pressione a China para que cumpra com as regras internacionais de direitos humanos.

Ministro francês diz que Europa deve considerar boicote a Pequim

18/03/2008
14:48:02

Paris (França) - O ministro do Exterior da França, Bernard Kouchner, disse nesta terça-feira que a União Européia não deve descartar completamente a idéia de um boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim.
Apesar de se posicionar contra o boicote à competição esportiva, Kouchner afirmou que a medida poderia ser adotada na cerimônia de abertura do evento caso a violência continue no Tibete.
Nesta manhã, representantes da instituição Repórteres Sem Fronteiras e do Parlamento Europeu convocaram os países para que participem da iniciativa. Kouchner considerou a proposta 'interessante'.
Segundo ele, a proposta deverá ser analisada durante o encontro dos ministros do Exterior da União Européia no final deste mês.

Dalai Lama pretende apresentar sua renúncia se a violência continuar

18/03/2008
10:10:16

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, acusou nesta terça-feira o Dalai Lama de incitar a atual onda de violência que tomou conta do Tibet desde o último dia 10, quando se iniciaram os protestos de tibetanos contra o domínio chinês. Como resposta, o líder espiritual negou todas as acusações e disse que renunciará ao posto de líder tibetano se a situação sair do controle no Tibet.
- Se as coisas ficarem fora de controle, então minha única opção é renunciar completamente -disse o Dalai Lama, numa entrevista coletiva em sua base em Dharamsala, no norte da Índia.
Em uma coletiva de imprensa, o premiê Wen disse que a alegação do líder espiritual tibetano de que as autoridades chinesas cometeram um genocídio cultural no Tibete não passa de mentira, assim como seu desejo de dialogar.
- Há ampla evidência provando que esse incidente foi organizado, premeditado, arquitetado e incitado pelo bando do Dalai. Isso tudo revelou que as alegações do bando do Dalai de que eles buscam não a independência, mas sim o diálogo pacífico, não passam de mentiras - disse Wen.
O Dalai Lama disse que não tem nada o que esconder da China:
- Investiguem a fundo, se quiserem começar a investigar aqui, sejam bem-vindos. Chequem nossos vários escritórios. Eles podem examinar meu pulso, minha urina, minha almofada, tudo - disse ele rindo e fazendo mímica enquanto falava.O Dalai Lama, que vive no exílio na Índia desde 1959, negou todas as acusações da China e disse ser contra a violência, venha ela da China ou dos tibetanos.
- Mesmo se mil tibetanos sacrificassem suas vidas, não ajudaria. Por favor, ajudem a parar com a violência do lado da China e também do lado do Tibet - disse ele a repórteres.
Segundo Samdhong Rimpoche, o primeiro-ministro do governo exilado, o Dalai Lama, quando disse que renunciaria ao posto de líder, quis dizer que continuaria a ser o Dalai Lama, mas sem o poder de liderança.
- Se o povo tibetano se envolver com a violência e não puder agir de forma não-violenta, ele não estaria em condições de liderá-lo - disse Rimpoche.
O Dalai Lama - que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1989 por sua oposição ao uso de violência na busca pela autonomia do Tibete - já apelou várias vezes pelo diálogo com a China.
Os protestos, que já são considerados os maiores e mais violentos dos últimos 20 anos, começaram como uma reação à notícia de que monges budistas teriam sido presos depois de realizar uma passeata para marcar os 49 anos de um levante tibetano contra o domínio chinês.
Wen acusou também os manifestantes de tentar sabotar os Jogos Olímpicos de Pequim, que começam no dia 8 de agosto.
- De fato, vocês, os repórteres, podem ver a essência do incidente recentemente ocorrido no Tibet. Eles querem incitar a sabotagem aos Jogos Olímpicos para obter seu terrível objetivo.
Ele disse ainda que a resposta do governo chinês aos protestos foi moderada, de acordo com a lei.
Segundo o governo chinês, 13 pessoas foram mortas por manifestantes em Lhasa, a capital do Tibet. No entanto, tibetanos que vivem no exílio disseram que pelo menos 80 manifestantes foram mortos pelas forças de segurança chinesas durante a repressão aos protestos.
Os comentários do primeiro-ministro da China foram os primeiros desde o início da onda de violência.


Jogos Olímpicos

Nesta segunda-feira, ministros dos Esportes e representantes dos comitês olímpicos de países europeus descartaram a possibilidade de boicotar a Olimpíada de Pequim por causa da repressão aos recentes protestos no Tibete.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar preocupado com a violência no Tibete e pediu que a China seja tolerante com os manifestantes.
- Neste momento, faço um apelo às autoridades para que mostrem comedimento e peço a todos os envolvidos que evitem mais confrontos e violência, disse Ban.
Os protestos entraram em sua segunda semana e se espalharam para províncias próximas da região do Himalaia, como Gansu, Qinghai e Sichuan. Em Lhasa, é grande o número de policiais nas ruas. Às 13h desta segunda-feira (horário de Brasília), venceu um prazo do governo chinês para que os manifestantes se entregassem à polícia ou ficassem sujeitos a punições.


Protestos internacionais

Em várias cidades do mundo, a segunda-feira foi marcada por protestos contra a China pela repressão aos protestos tibetanos.
Na Alemanha, segundo a agência de notícias Associated Press, 26 manifestantes foram presos durante um protesto em frente ao consulado chinês em Munique.
A agência Reuters também informou que estudantes tibetanos fizeram uma vigília com velas em Pequim. Os manifestantes diziam que estavam rezando pelos mortos nos protestos.
Em Londres, manifestantes se reuniram em frente à embaixada chinesa com faixas e cartazes e chegaram a atirar paus, tomates e ovos na fachada do prédio.
Em uma coletiva, o ministro do exterior britânico, David Miliband, disse que espera que a China tenha aprendido a "lição" dos "eventos trágicos dos últimos dias, de que um diálogo sério é a única forma de avançar".

China continua violando direitos, diz relatório dos EUA

11/03/2008
15:31

Folha online

WASHINGTON (Reuters) - A China ampliou as restrições aos meios de comunicação e à Internet, além de ter aumentado o controle sobre as manifestações religiosas do Tibet budista e da Xinjiang muçulmana em 2007, afirmou o Departamento de Estado dos EUA na terça-feira.
A acusação consta de um relatório que classificou como inadequado o respeito aos direitos no país mais populoso do mundo, apesar de algumas reformas.
O documento anual, normalmente descartado pelo governo chinês, também cita abusos como "as execuções extrajudiciais, os casos de tortura, os casos de confissão arrancada de prisioneiros, o uso de mão-de-obra envolvida em trabalhos forçados e o uso de campos de trabalho forçado."
"O governo continuou a monitorar, reprimir, deter, prender e encarcerar jornalistas, escritores, ativistas, advogados de defesa e as famílias deles, muitos dos quais tentavam exercer seus direitos dentro das leis", disse o relatório de 139 páginas.
O relatório do Departamento de Estado sobre o respeito aos direitos humanos em todo o mundo afirmou que a China havia realizado "algumas reformas importantes em seu sistema jurídico", entre as quais a retomada da revisão por uma alta corte das penas de morte e a permissão para que jornalistas estrangeiros trabalhem com mais liberdade para as Olimpíadas de 2008.
Mas o relatório reproduziu uma denúncia do Clube de Correspondentes Estrangeiros da China afirmando que, apesar da melhora em termos gerais, ainda tinham sido recebidas 180 denúncias de interferência, entre essas casos nos quais "homens à paisana intimidaram ou agrediram jornalistas estrangeiros."
(Reportagem de Paul Eckert)

Alemanha apela por negociação direta entre Pequim e Dalai Lama




Chefe de governo alemã manifestou preocupação com violência no Tibete e apelou ao diálogo entre Pequim e o Dalai Lama. A solução duradoura para o Tibete só pode ser encontrada no diálogo direto e pacífico, disse Merkel.


"Uma solução duradoura para a questão do Tibete só pode ser encontrada através de um diálogo pacífico e direto entre o governo chinês e o Dalai Lama", disse a chanceler federal Angela Merkel em nota divulgada neste sábado (15/03) pelo porta-voz do governo alemão, Ulrich Wilhelm.
Merkel considerou "importante que os manifestantes, assim como a polícia, sejam chamados à moderação e que os direitos individuais sejam respeitados". A Alemanha continuará se engajando pela autonomia religiosa e cultural para o Tibete, mas é igualmente a favor da política de "uma só China, que rejeita qualquer objetivo separatista", prossegue a nota divulgada em Berlim.

"A violência, independentemente de que lado vem, não conduzirá a soluções para os problemas", anunciou a chanceler federal alemã, que mantém laços estreitos com o Dalai Lama. Ela apelou para que tanto manifestantes como forças de segurança chinesas demonstrem moderação e que respeitem os direitos individuais.

O Dalai Lama, líder espiritual tibetano e visto como um separatista pelo governo chinês, havia sido recebido por Merkel em 2007, o que causou um esfriamento temporário nas relações de Pequim com Berlim.

China ameaça aumentar força, e tibetanos falam em cem mortos

15/03/2008

23:10


O governo da China deu um ultimato e ameaçou punir com rigor os revoltosos do Tibete que não se renderem até a próxima segunda-feira (17). Já os tibetanos afirmaram neste sábado (15) que os mortos nos confrontos contra os chineses chegam a cem. A informação, publicada pela rede americana CNN, vem confrontar o número divulgado pela agência chinesa Xinhua, que era de dez mortos.

É grande a dificuldade em conseguir checar informações vindas do Tibete. As únicas imagens divulgadas até agora foram feitas pelos chineses e, de acordo com estrangeiros que estavam no local, não mostram os dois lados do conflito.
A violência começou quando a polícia chinesa bloqueou uma marcha de monges em Lhasa, na sexta-feira, em protesto contra o domínio chinês no país. Os manifestantes têm se confrontado com a polícia em várias regiões, desde o dia 10 de março, 49º aniversário do levante que levou Dalai Lama ao exílio.

Em Katmandu, no Nepal, cerca de cem tibetanos exilados, incluindo monges, freiras e crianças, começaram neste sábado uma greve de fome para protestar contra os mortos em Lhasa. “Não sei quanto tempo a greve deve durar. Foi um ato espontâneo”, afirmou à CNN Thupten Tenzing Jamphel, monge que preside a organização Nepal-Tibetan Youth Volunteers for Free Tibet, que luta pela independência.

Pelo menos 12 refugiados tibetanos, incluindo alguns monges, foram presos neste sábado por obstruir o trânsito em frente ao escritório das Nações Unidas, em Katmandu. De acordo com a polícia, eles seriam liberados ainda nesta noite. Os tibetanos divulgaram que 48 deles foram presos.

E a movimentação continua. Cerca de 200 tibetanos participaram de uma marcha com velas em Katmandu na sexta-feira, e outra está programada para este sábado. Em Delhi, na Índia, tibetanos estão em Jama Masjid, única área em que a polícia tem permitido que eles se reúnam.
A polícia Indiana também promete agir contra os manifestantes, caso as ações continuem. Sessenta e uma pessoas foram detidas nos protesto de sexta-feira, e a polícia está aconselhando os moradores a não saírem de casa neste sábado

Brasil descarta boicote

25/03/2008
09:26

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, disse ontem que o Brasil não cogita a possibilidade de boicote aos Jogos da China por causa da questão do Tibete.
– Apoiamos inteiramente o Comitê Olímpico Internacional, bem como o comitê organizador de Pequim-2008, que estão trabalhando para oferecer aos atletas e ao mundo uma grande edição dos Jogos Olímpicos – disse Nuzman, em um comunicado. – Os Jogos Olímpicos são um momento mágico para promover a integração de diferentes povos, raças e religiões, e não uma oportunidade de rompimento entre as partes.

Tocha olímpica é acesa diante de protestos pró-tibetanos

25/03/2008
09:26


Como já era de se esperar, manifestantes pró-Tibete não deixaram a cerimônia de acendimento da tocha olímpica dos Jogos de Pequim passar em branco. Ontem de manhã, um grupo tentou interromper o evento, realizado no antigo estádio da cidade de Olímpia, na Grécia, para protestar contra a repressão da polícia da China no Tibete, província do país desde 1950.
Pouco antes de a tocha olímpica ser acesa, três pessoas contrárias à realização do evento esportivo conseguiram romper o bloqueio policial e colocaram um cartaz que pedia o boicote à Olimpíada, durante o discurso do presidente do comitê organizador dos Jogos, Lui Qi, em frente a centenas de autoridades. Reivindicando respeito aos direitos humanos na China, o grupo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) assumiu a autoria do protesto.

Anéis de algemas

Um dos manifestantes, o secretário-geral da organização, Robert Ménard, conseguiu se aproximar de Liu Qi carregando uma bandeira preta que mostrava os cinco anéis olímpicos em forma de algemas, uma maneira de aludir ao que consideram falta de liberdade na China. No entanto, o ativista foi retirado do local sem conseguir chegar ao presidente do comitê.
A polícia interveio e deteve os manifestantes. Mais de mil policiais foram destacados para a segurança do local. As câmeras de televisão cortaram as imagens da invasão.
– Não podemos deixar o governo chinês aproveitar a chama olímpica, um símbolo de paz, sem condenar os dramáticos direitos humanos no país – declarou o RSF em comunicado na versão francesa de sua página na Internet.
Liu se manteve calmo e ignorou as manifestações:.
– A chama olímpica vai radiar luz, felicidade, paz, amizade, esperança e sonhos para o povo da China e de todo o mundo.
Também houve protestos nos primeiros metros do revezamento da tocha, com vários manifestantes tentando segurar os corredores. Outras pessoas vestiam camisas "Tibet Livre" e uma grande faixa foi estendida entre dois prédios em uma das principais ruas de Olímpia.
A polícia informou que outros 25 manifestantes tentaram seguir para o protesto na cidade onde a cerimônia aconteceu, mas foram detidos pela polícia após pequenos enfrentamentos.

China dá ultimato a manifestantes no Tibete; Lhasa está sob toque de recolher

15/03/2008
17h09

da Folha Onlin
Reuters, em Pequim

Em meio às mais violentas manifestações pela independência do Tibete em duas décadas, o governo autônomo da região --controlada pelo governo central da China-- deu um ultimato para que os protestos cessem. O ultimato vai até a 0h de segunda-feira (13h deste domingo em Brasília).
Enquanto isso, a capital Lhasa está sob toque de recolher. Neste sábado, a polícia e o Exército chineses ocuparam as ruas da cidade. Com isso, todo o comércio está fechado. A comunicação telefônica também está interrompida, e jornalistas e turistas estão impedidos de entrar na cidade.
Segundo fontes oficiais do governo chinês, dez pessoas já morreram nos protestos. Seriam todos chineses agredidos pelos manifestantes, diz a agência de notícias oficial Xinhua. Porém, a contagem das entidades ligadas aos exilados tibetanos na Índia já atinge cem.
Os protestos --que pretendiam relembrar a proximidade dos 50 anos das revoltas que levaram o dalai-lama ao exílio-- acontecem justamente quando se questiona a questão dos direitos humanos na China devido à proximidade dos Jogos Olímpicos em Pequim, que ocorrerá em agosto.
Em um comunicado neste sábado, representantes do Poder Judiciário do Tibete disseram que eximirão de punições aqueles que se arrependerem. "Os criminosos que não se renderem após a data-limite serão severamente punidos de acordo com a lei", disse o governo do Tibete através de sua página na internet (www.tibet.gov.cn).
O governo do Tibete informou ainda que dará recompensas e proteção às pessoas que derem informações sobre os manifestantes.
Mas as pressões internacionais para que Pequim não aja duramente já começaram. Austrália, Estados Unidos e União Européia pediram que o governo chinês encontre uma solução pacífica para a questão. Já Taiwan --que a China também diz ser seu-- já condenou o governo chinês pela sua reação às manifestações.
Segundo a agência "Xinhua", dez "inocentes civis" foram mortos com tiros ou queimados nas ruas de Lhasa, a capital tibetana. Também haveria 12 policiais "gravemente feridos" e 22 prédios e dezenas de veículos queimados.
Porém, fontes das lideranças tibetanas no exílio questionam os números, dizendo que ao menos cinco manifestantes foram mortos pela polícia chinesa. Organizações que monitoram a questão do Tibete diz que há pelo menos 32 mortos, e o governo tibetano em exília já contabiliza cerca de 100.
Os protestos se iniciaram com a junção de diversas questões: os protestos pelos direitos humanos pré-Olimpíadas, descontentamento com as severas práticas de controle do Partido Comunista Chinês na região e a proximidade do aniversário de 50 anos dos protestos que levaram o dalai-lama ao exílio.
As manifestações desta semana são consideradas as mais violentas no Tibete desde 1989. Naquele ano, Pequim decretou a lei marcial em Lhasa após as manifestações.
As manifestações começaram na segunda-feira no mosteiro de Deprung, quando 500 monges quiseram comemorar de maneira pacífica os 49 anos da rebelião de 1959 contra o domínio da China, iniciado em 1951. Os protestos, no entanto, foram se intensificando ao longo da semana e se estenderam até sexta-feira, quando atingiram seu auge com a adesão de civis às manifestações dos monges, que entraram em confrontos com a Polícia e grandes distúrbios.
Os manifestantes atacaram os escritórios do governo, queimaram veículos e lojas e atiraram pedras na polícia --o que causou um grande número de feridos. A televisão chinesa mostrou grupos de manifestantes atacando lojas e tentando quebrar a entrada de um banco, além de atear fogo na cidade.
O governo chinês acusa o dalai-lama --o líder espiritual do budismo, a religião da maioria absoluta dos tibetanos-- de arquitetar os protestos, aproveitando a proximidade dos Jogos Olímpicos. A tocha olímpica, inclusive, passará pelo Tibete nas próximas semanas.
Em declarações à emissora "Radio Free Asia", dalai-lama fez dois pedidos: um, "aos líderes chineses, para que parem de usar a força e reduzam o longo ressentimento do povo tibetano através do diálogo com ele" e outro a "seus compatriotas tibetanos para que não recorram à violência."

Governo tibetano no exílio pede à ONU abertura de inquérito à violência em Lhasa

15.03.2008

11h07



O Governo tibetano no exílio já pediu a abertura de um inquérito junto da ONU sobre os episódios de violência na capital do Tibete, Lhasa, que, diz, fizeram cem mortos. As autoridades chinesas dizem que os confrontos de ontem contra o regime de Pequim fizeram dez mortos e vários feridos.“O Parlamento tibetano apela à ONU para que envie, imediatamente, representantes para intervir e investigar a violação dos direitos humanos no Tibete”, declarou em comunicado o governo exilado no Norte da Índia.Fontes próximas do Dalai Lama recusaram as acusações chinesas, segundo as quais o líder espiritual tibetano exilado teria fomentado as manifestações violentas.“Temos informações não confirmadas que dão conta de cem mortos e da instauração da lei marcial em Lhasa”, acrescentou.O primeiro-ministro do governo tibetano no exílio, Samdhong Rinpoché, apelou hoje à China para agir com “compaixão” e “sabedoria”. Quaisquer que sejam os números definitivos, estas são já as manifestações mais sangrentas no Tibete desde 1989.“As vítimas são todas civis inocentes, que morreram carbonizados”, disse um responsável do governo regional do Tibete, citado pela agência Nova China. Entre os mortos estão dois funcionários de um hotel e dois comerciantes.Ontem várias lojas foram queimadas no centro histórico da capital do Tibete, durante as manifestações organizadas pelos monges budistas, celebrando desde o início da semana o 49º aniversário de uma revolta de Lhasa contra a China que acabou no exílio do Dalai Lama e causou milhares de mortos. O governo regional garante que as forças de segurança não dispararam sobre os manifestantes, apenas dispararam para o ar.As autoridades do Tibete apelaram ao fim da violência e prometeram o perdão aos manifestantes se estes se renderem até à meia-noite de segunda-feira (16h00 em Lisboa).Hoje, a situação em Lhasa está mais calma e a cidade é patrulhada pelas forças de segurança. “Há muitos polícias armados e soldados nas ruas”, disse uma testemunha, em anonimato. As autoridades chinesas afirmaram que não está em vigor a lei marcial. Mas foi proibido o acesso ao Tibete de turistas que estão na China.



Novas manifestações de monges budistas no Noroeste chinês


Hoje realizaram-se novas manifestações de monges budistas na província chinesa de Gansu, no Noroeste, segundo grupos de defesa dos tibetanos.“Confirmámos manifestações no mosteiro de Labrang, em Xiahe, onde as forças de ordem intervieram com gás lacrimogéneo”, disse Kate Saunders, da Campanha Internacional pelo Tibete.As manifestações ocorreram em, pelo menos, duas outras cidades desta província, revela a organização Free Tibet Campaign.Em Nova Deli, 50 manifestantes tibetanos protestaram frente à embaixada da China e acabaram por ser detidos, depois de terem furado o cordão de segurança e para escalar os muros que rodeiam o edifício.

Declaração do Governo Revolucionário

Havana. 24 Março de 2008

Assim que o Comitê Olímpico Internacional concordou em 2001 outorgar a sede dos Jogos Olímpicos de 2008 a Beijing, o governo e o povo da República Popular da China assumiram com o maior espírito esportivo e grande responsabilidade a organização deles sem poupar recursos nem esforços, aceitaram inúmeras sugestões e adotaram decisões encaminhadas a garantir as condições ótimas para a estada dos participantes nos Jogos. A decisão de outorgar a sede à República Popular da China constituiu um reconhecimento a seu indiscutível prestígio, ao nível que atingiu no esporte e a seu trabalho a favor do movimento esportivo internacional.
O governo de Cuba condena energicamente as tentativas de organizar uma cruzada para fazer fracassar este nobre empenho, por trás do qual se escondem motivações políticas. Esta campanha constitui uma agressão ao movimento olímpico internacional. Ao mesmo tempo, Cuba expressa seu reconhecimento e apoio total aos esforços da República Popular da China para garantir o sucesso dos Jogos Olímpicos.
Lançaram uma avessa campanha midiática, secundada por ações destinadas a fazer perder a confiança internacional na capacidade do governo chinês para cumprir seus compromissos. A isso se somam agora os recentes acontecimentos no Tibet, que ocasionaram vítimas fatais e incalculáveis perdas materiais. É evidente que estes distúrbios foram planejados e promovidos do exterior. Para Cuba, é revelador o papel desempenhado pela denominada Rádio Ásia Livre, principal porta-voz da atual campanha da mídia contra a China, cujos patrocinadores são os mesmos que defendem aqueles que estimulam o separatismo no território chinês.
Os atos de agressão de que foram alvo 19 embaixadas e repartições consulares chinesas em 16 países constituem uma gravíssima violação ao espírito e à letra das Convenções de Viena sobre as relações diplomáticas e consulares.
O governo de Cuba expressa sua firme oposição a qualquer tentativa de intromissão nos assuntos internos da China e de atentado a sua soberania e integridade territorial. Da mesma maneira, exorta a opinião pública internacional e a comunidade esportiva a defenderem os nobres ideais que inspiraram o espírito olímpico.

Tibete tem vários mortos em manifestações contra China



14/03/2008




PEQUIM (AFP) — Depois de um dia de confronto entre a polícia e manifestantes, que deixou vários mortos, a situação era considerada incerta na noite desta sexta-feira na capital do Tibete, Lhasa, onde a agência oficial Xinhua anunciou a volta à calma.
Nenhum morador ouvido por telefone pôde confirmar se prosseguiam os incidentes ou se estava em vigor um toque de recolher, explicando que ninguém saía de casa há várias horas.
"Não há ninguém fora a esta hora, nem os tibetanos nem os 'hans' (etnia chinesa maioritária). Só estão nas ruas os que fazem a guarda", declarou o empregado de uma escola de Lhasa.
A International Campaign for Tibet (ICT), um movimento de defesa da causa tibetana, afirmou que as autoridades "decretaram a lei marcial", com base em algumas fontes.
"Tentamos confirmar as informações", precisou à AFP em Washington o responsável por este movimento, Ben Carrdus. A ICT tem sede nos Estados Unidos.
Vários recepcionistas de hotéis ouvidos pela AFP disseram que "tudo estava calmo", confirmando a informação da agência Xinhua, após "um dia conturbado no qual vidraças foram quebradas e lojas, queimadas"; um templo teria sido incendiado deixando várias pessoas feridas".
As autoridades chinesas culpam o líder espiritual Dalai Lama pelos episódios.
A cinco meses dos Jogos Olímpicos de Pequim, num momento em que a campanha de contestação tibetana aumenta contra o poder chinês, os protestos estão sendo considerados os mais significativos desde o levante dos tibetanos em março de 1989.
A violência irrompeu na véspera na cidade de Lhasa, em particular em torno do célebre mosteiro de Jokhang, um local de grande atração turística, após vários dias de manifestações de monges budistas.
Apelos à moderação foram expedidos de várias capitais estrangeiras, assim como do Dalai Lama, o líder religioso no exílio dos budistas tibetanos, que pediram à China para "não usar à força" no Tibete.
"Claro que há mortos", declarou mais cedo à AFP por telefone uma funcionária do centro médico de urgência. "Estamos ocupados com os feridos, há muitos aqui", acrescentou, sem precisar se as vítimas eram monges.
A Radio Free Asia (RFA), citando testemunhas em Lhassa, anunciou pelo menos dois mortos.
Os manifestantes "saquearam lojas chinesas e a polícia respondeu atirando contra a multidão. Ninguém tem o direito de se deslocar em Lhasa agora", informou uma fonte tibetana à rádio com sede nos Estados Unidos.
Citando relatos de cidadãos americanos, a embaixada dos Estados Unidos em Pequim informou que muitos tiros foram ouvidos - uma notícia endossada por uma turista estrangeira em declarações à AFP.
"Ouvimos tiros", disse ela, precisando que estava hospedada num hotel bem central.
Segundo o Dalai Lama, "estes protestos são uma manifestação do profundo ressentimento do povo tibetano com o poder atual. Peço aos líderes chineses que parem de usar a força", concluiu.
Estes protestos se somam às recentes manifestações de tibetanos na Índia e no Nepal contra o controle da China sobre este território do Himalaia.
Segundo uma enfermeira de um hospital de Lhasa, ouvida pela AFP, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas.
Desde o início da semana os monges budistas se manifestam no Tibete e nas regiões próximas onde vivem as minorias tibetanas, por ocasião do 49º aniversário do levante de Lhasa, que levou o Dalai Lama ao exílio.
Focos de incêndios foram detectados no mercado da antiga cidade de Lhasa, o Barkhor, que circunda o principal mosteiro da capital tibetana, indicaram os bombeiros e um grupo de defesa dos direitos dos tibetanos.
A agência oficial e testemunhas também indicaram que "lojas foram queimadas em atos de violência no centro de Lhasa na tarde desta sexta-feira".
Na segunda e na terça-feira passadas em Lhasa a polícia chinesa dispersou a multidão com bombas de gás lacrimôgeneo durante manifestação de centenas de monges budistas, alguns dos quais exigiam a independência do Tibete.
Cerca de 600 monges realizaram uma passeata na terça-feira de seu mosteiro até a sede da polícia para pedir a libertação de seus companheiros presos durante uma ação organizada para lembrar o 49º aniversário da saída forçada do Dalai Lama.
Pelo menos 200 pessoas lideradas por monges budistas iniciaram um protesto nesta sexta-feira à tarde em Xiahe, cidade de uma região tibetana do noroeste da China, constatou um fotógrafo da AFP.
Em Xiahe está localizado o mosteiro Labrang, um dos templos budistas fora da região autônoma tibetana.
Em Washington, a Casa Branca "lamentou" os episódios de violência no Tibete e pediu que a China respeite a cultura tibetana.
"Pequim precisa respeitar a cultura tibetana. Precisa respeitar a sua sociedade multiétnica", disse o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe.
Já os líderes europeus participantes de uma reunião de cúpula em Bruxelas instaram as autoridades chinesas a mostrar "moderação".
"A presidência eslovena (da União Européia) propôs um texto de três páginas que pede moderação e que as pessoas detidas em manifestações pelo Tibete sejam libertadas", declarou o ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, ao final da reunião de cúpula.
"Pedimos claramente que sejam garantidos o respeito aos direitos humanos. Nossa condenação é veemente e procede do conjunto do Conselho Europeu e dos 27 países membros", acrescentou.

Monges são dispersados com gás lacrimogêneo no segundo dia de protestos


12/03/2008



PEQUIM (AFP) — A polícia chinesa dispersou na terça-feira com bombas de gás lacrimogêneo em Lhasa, pelo segundo dia consecutivo, uma manifestação de centenas de monges budistas, incluindo alguns que exigiam a independência do Tibete, informou a Radio Free Asia (Rádio Ásia Livre, RFA).
Quase 600 monges seguiram na terça-feira de seu mosteiro em direção à sede da polícia para pedir a libertação dos companheiros presos na segunda-feira durante uma manifestação organizada por ocasião do 49º aniversário da partida forçada do Dalai Lama, o líder espiritual dos budistas tibetanos, segundo a emissora, que tem sede nos Estados Unidos.
Os protestos se somam às manifestações de tibetanos na Índia e Nepal, que recordaram o controle da China sobre o território do Himalaia a cinco meses dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Em Lhasa, alguns manifestantes voltaram a defender a independência do Tibete, segundo a RFA.
Ao chegar à sede da polícia, 2.000 policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os monges. A emissora não informou se o protesto terminou com prisões.
De acordo com a RFA, 300 monges participaram na manifestação de segunda-feira e 60 foram detidos.
Os protestos coincidem com uma marcha simbólica até o Tibete de cerca de cem tibetanos exilados no norte da Índia, apesar da oposição policial, para protestar contra as violações aos direitos humanos cometidas pela China nesse território, cinco meses antes da realização dos Jogos Olímpicos em Pequim.
Na segunda-feira, a polícia indiana impediu que estes refugiados, que percorreram 20 km a partir de Dharamsala (norte da Índia), onde há 49 anos vive o Dalai Lama, líder dos budistas tibetanos, realizassem a caminhada.
"Prosseguiremos com nossa marcha para nossa pátria, apesar de termos sido proibidos", declarou B. Tsering, que dirige a Associação de Mulheres Tibetanas.
"O governo chinês usa os Jogos Olímpicos para legitimar a ocupação ilegal do Tibet, que pertence aos tibetanos. Nunca renunciaremos até que o Tibete seja independente", afirmou o organizador da marcha, Tsewang Rigzin, presidente do Congresso da Juventude Tibetana.
O Dalai Lama denunciou na segunda-feira a repressão chinesa no Tibete, em uma declaração de incomum severidade por ocasião do 49º aniversário de seu exílio.
O Prêmio Nobel da Paz em 1989, cuja causa voltou a ganhar apoio no Ocidente nos últimos meses, criticou "as enormes e inimagináveis violações dos direitos humanos cometidas pela China no Tibete", que chegam à "negação da liberdade religiosa".
"Há seis décadas os tibetanos vivem de forma permanente com medo e sob a repressão chinesa", denunciou diante de partidários reunidos em Dharamsala, seu local de exílio no norte da Índia.
Os comentários severos constratam com a moderação adotada nos últimos anos pelo Dalai Lama em relação à China, país que acusa no entanto de "agressão demográfica" por uma política de colonização acelerada que leva a "uma espécie de genocídio cultural".
O Dalai Lama, de 72 anos, fugiu com milhares de seguidores para a Índia há exatamente 49 anos, em 1959, depois da chegada ao Tibete das tropas comunistas de Mao Zedong para sufocar uma rebelião antichinesa.
O líder religioso reafirmara no sábado o direito de Pequim organizar os Jogos Olímpicos em agosto, depois de ter sido acusado pela principal autoridade chinesa na Região Autônoma do Tibete de tentar "sabotar" o evento esportivo.
O Dalai Lama abandonou há alguns anos as reivindicações de independência e defende uma "ampla autonomia" dentro de uma "via intermediária" para salvar a língua, a cultura e o meio ambiente deste território localizado no Himalaia.
A China, que controla o Tibete desde 1950 (um ano após a vitória de Mao na guerra civil chinesa), aplicou uma política de sangrenta repressão aos partidários do Dalai Lama, venerado pelos tibetanos, e rejeita suas demandas.
Segundo analistas, o Dalai Lama, frustrado pela recusa de Pequim a todas suas demandas de autonomia cultural para o Tibete, tenta acentuar a pressão às vésperas dos Jogos Olímpicos, multiplicando suas atividades internacionais.

Polícia detém mulheres em protesto pela libertação do Tibete

12/03/2008
08:50

Governo indiano proíbe marcha até a região dominada pela China por medo de prejudicar relação com Pequim


NOVA DÉLHI - A polícia deteve várias manifestantes tibetanas exiladas na Índia que promoviam um ato nesta quarta-feira, 12, contra a proibição do governo indiano da realização da marcha de seis meses que seguirá até o Tibete, para lembrar os 49 anos do levante contra o domínio chinês na região e para defender a independência no ano em que a China realiza os Jogos Olímpicos. Temendo que a caminhada possa prejudicar a relação com a China, a Índia proibiu que os tibetanos deixem o distrito de Kangra, onde fica concentrado do governo exilado.



Com a aproximação do evento, os tibetanos tentam retomar seu movimento de libertação e protestar contra o que consideram ser a ocupação ilegal, pela China, de sua pátria. As mulheres estavam na frente da embaixada da China em Nova Délhi quando tentaram invadir o prédio e entraram em confronto com policiais que faziam a segurança do local.







Imagens desta quarta-feira, 12 de março


Policiais prendem uma exilada tibetana durante um protesto em frente à Embaixada da China, em Nova Delhi, na Índia. Refugiados tibetanos protestaram em todo o mundo em lembrança ao 49º aniversário de uma revolta contra o domínio chinês e também para pressionar pela independência do Tibet frente à proximidade das Olímpiadas de Beijing.

Björk pode ser banida da China por defender 'Tibete livre'


PEQUIM - A cantora islandesa Björk será provavelmente banida da China por tempo indefinido por ter gritado "Tibete livre" ao final de um show realizado na semana passada em Xangai, segundo informou a imprensa de Hong Kong. A imprensa chinesa, controlada pelo governo, censurou a notícia, que foi difundida na China apenas na noite de terça-feira, 4, por uma gravação no site YouTube no qual é possível ouvir Björk gritar "Tibete, Tibete, levanta a tua bandeira". Assista abaixo.

"Foi bastante difícil ouvi-la. Um grupo de chineses se aproximou de mim e me perguntou o que ela havia dito", declarou um fã europeu presente no show. A canção que Björk havia acabado de cantar não fazia referência direta ao Tibete mas continha os versos "declara a independência" e "levanta a tua bandeira".

"Com a aproximação das Olimpíadas, encorajamos todos a falar do Tibete, e, em geral, dos direitos humanos", comentou Anne Holmes, porta-voz da Free Tibet Campaign, grupo de apoio à libertação do Tibete com sede em Londres. "Björk demonstrou aquilo que uma pessoa corajosa pode fazer", acrescentou Holmes.

Os comentários de Björk foram criticados em alguns sites chineses nos quais a cantora foi definida como "'uma bruxa' que não sabe nada de Tibete."

Após dedicar a mesma música - Declare Independence - a Kosovo durante um show em Tóquio, em fevereiro, a cantora teve cancelada sua apresentação na cidade de Novi Sad, na Sérvia, marcada para julho. Os promotores justificaram a decisão alegando motivos de segurança.

Assita o trecho do Show:
http://www.youtube.com/watch?v=DLKM06AzSfI

Pelosi visita Dalai Lama e diz que mundo tem responsabilidade moral


21/03/2008

19:16


"Se os que amam a democracia no mundo não se insurgirem contra a china e os chineses no Tibete, perdemos a autoridade moral para falar de direitos humanos" - uma afirmação de Nancy Pelosy, a presidente da câmara dos representantes norte-americana, que se encontrou esta sexta-feira com o Dalai Lama, na Índia.Durante a sua visita, Pelosy pediu a criação de um inquérito independente às alegações chinesas de que o líder espiritual instigou a violência popular no Tibete. "Nada me surpreende acerca do uso de violência por parte do governo chinês mas eu espero que a opinião mundial recaia sobre eles dizendo por favor não actuem dessa forma violenta", disse Pelosi.Mais de 2000 tibetanos acolheram a dirigente democrata no mesmo dia em que em Nova Deli várias dezenas de estudantes manifestaram-se em frente à embaixada chinesa. Registaram-se confrontos com seguranças e elementos da polícia. Muitos manifestantes foram colocados à força num autocarro que os levou do local.Os protestos no tibete tiveram início no dia 10 em Lhasa, a capital, e depressa se alastraram às províncias vizinhas de Gansu, Sichuan e Qunghai. De acordo com Pequim 19 pessoas morreram e 100 pessoas foram já presas. O governo tibetano no exílio fala de 100 mortos e um milhar de detidos.O jornal Tibet Daily publicou na internet imagens de alguns manifestantes e instou os leitores a denunciaram o seu paradeiro às forças de segurança chinesas.

PCdoB reafirma apoio à unidade política e territorial chinesa

" Confesso que esta notícia me provocou um certo mal-estar. "

Philippe Rodrigues


20/03/2008
18:12

Buscando confundir a opinião pública internacional, a ação do grupo do ‘dalai lama’ possui notórias digitais do imperialismo norte-americano, que há décadas financia, por meio de seus serviços de segurança, o chamado ‘Governo tibetano no exílio’”. A opinião é parte da nota assinada pelo presidente do PCdoB, Renato Rabelo, encaminhada em nome do partido ao Comitê Central do PC da China em solidariedade ao país por conta do episódio envolvendo os distúrbios em Lhasa, no Tibete. Confira a seguir.
Ao Comitê Central do Partido Comunista da China

“Estimados camaradas,

Em nome do Partido Comunista do Brasil, enviamos nossos votos de solidariedade ao povo e ao Partido Comunista da China diante dos violentos distúrbios do último dia 14, em Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibete, planejados e executados por elementos ligados ao grupo do “dalai lama”.

As provocações, realizadas poucos meses após a exitosa realização do 17º Congresso do Partido Comunista da China, durante o período da sessão anual da Assembléia Popular Nacional e a poucos meses do início dos Jogos Olímpicos de 2008, tem nítido sentido de ofuscar essas importantes conquistas do povo chinês de todas as etnias no sentido de prosseguir com a construção do socialismo com características chinesas.

Buscando confundir a opinião pública internacional, a ação do grupo do “dalai lama” possui notórias digitais do imperialismo norte-americano, que há décadas financia, por meio de seus serviços de segurança, o chamado “Governo tibetano no exílio” – assim como dos grandes monopólios de mídia internacional, que há anos promovem as ações do Sr. Tenzin Gyatso. Há poucos anos, em 2002, o governo norte-americano inclusive aprovou uma “lei”, denominada em inglês de “Tibetan Policy Act”, que institucionalizava as interferências imperialistas na Região Autônoma do Tibete, numa flagrante intervenção nos assuntos internos da Republica Popular da China, ato repudiável sob todos os aspectos pelos povos do mundo.

A libertação do Tibete, pouco depois da Revolução Chinesa de 1949, trouxe consigo novas perspectivas para o povo tibetano, antes submetido às trevas da escravidão e da servidão feudal, sob o pretexto religioso e “cultural”. Desde então, e em especial desde o início da política de reforma e abertura em 1978, o povo chinês, sob a liderança do Partido Comunista da China, tem tomado importantes iniciativas no sentido de desenvolver econômica e socialmente a Região Autônoma do Tibete, historicamente a região mais atrasada da China. A recém-inaugurada Ferrovia Qinghai-Tibet, uma moderna obra de engenharia, é um exemplo do esforço do povo chinês para levar o “desenvolvimento ao Oeste”, como dizem os camaradas chineses.

Neste momento em que o povo chinês, sob a direção do Partido Comunista da China e sob a bandeira do Socialismo com peculiaridades chinesas alcança incontestáveis êxitos, o Partido Comunista do Brasil reafirma seu apoio à unidade política e territorial de seu país, repudiando energicamente as provocações secessionistas na Região Autônoma do Tibete, parte histórica e inseparável da Republica Popular da China.

Saudações fraternais,

Renato RabeloPresidente do PCdoB”

fonte: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34527

China reforça segurança nos locais de protesto tibetanos


20/03/2008

07:36


A China continua a reforçar a presença militar nos locais que assistiram nos últimos dias à indignação tibetana. Pequim diz controlar Lhasa, palco na sexta-feira de violentos protestos, que se espalharam a provincías chinesas com grande número de monges budistas e de tibetanos, como Gansu.As autoridades chinesas enfrentam uma crescente pressão diplomática: a Alemanha gelou os contactos em termos de desenvolvimento económico e o primeiro-ministro britânico mostrou-se disposto a um encontro com o Dalai Lama.A China condenou o anúncio, apesar de Gordon Brown ter dito que, num contacto telefónico, o homólogo chinês se disse disponível para dialogar com o líder espiritual tibetano.O Dalai Lama apelou entretanto a grupos tibetanos mais radicais para anularem uma marcha prevista entre a Índia e a fronteira do Tibete.Tsering Tempa, membro do governo do Tibet no exílio, explica que "as pessoas estão em revolta" e o Dalai Lama e o executivo tibetano "não podem fazer nada" para parar os protestos.As vozes contra a posição chinesa parecem cada vez mais dividir-se entre dois campos: a velha geração do Dalai Lama, apologista da não-violência e de uma simples autonomia cultural e a ruidosa juventude radical, que exige a independência.

China reconhece que violência está se espalhando para outras províncias

20/03/2008
00:19

Pequim, 20 mar (EFE).- As autoridades chinesas reconheceram hoje que os protestos violentos se estenderam a outras províncias com forte população tibetana vizinhas ao Tibete, em cuja capital, Lhasa, 24 pessoas foram detidas e 170 se entregaram, segundo a agência oficial "Xinhua".A violência nas províncias de Sichuan e Gansu está estreitamente vinculada aos eventos em Lhasa, e é coordenada pelo Dalai Lama e seus colaboradores, informaram fontes governamentais locais, citadas pela "Xinhua"."Os fatos não foram coincidência, estiveram coordenados. Foram sabotagens bem organizadas e premeditadas cujo motivo posterior é perturbar os Jogos Olímpicos de Pequim, destruir a paz e estabilidade, e dividir o país", disse Zhang Yusheng, porta-voz do Governo provincial de Gansu.Segundo o jornal oficial "Tibet Daily", os 24 suspeitos foram detidos por "colocar em risco a segurança nacional, agredir, destruir, saquear e outros crimes graves" que originaram instabilidade e violência.Os termos "crimes graves" e "atentado contra a segurança do Estado" dizem respeito a que, segundo fontes independentes, a China pode aplicar aos responsáveis destes delitos duras penas, e inclusive a pena de morte.As províncias vizinhas do Tibete foram tomadas pelas Forças Armadas, e as únicas imagens oferecidas pela rede de televisão nacional "CFTV" é a de caminhões militares cruzando as ruas pelas quais dezenas de soldados patrulham.A imprensa estrangeira tem o acesso vetado não somente ao Tibete, mas às províncias vizinhas, como Sichuan, Gansu e Qinhai, por isso as informações diretas são muito difíceis de serem obtidas.Segundo Pequim, os protestos foram organizados pelo Dalai Lama em seu exílio na Índia, acusação que o líder espiritual tibetano nega, ameaçando renunciar e pedindo inclusive o retorno à negociação com a China sobre maior autonomia para o Tibete.Segundo a agência "Xinhua", os distúrbios causaram "grandes danos" a lojas e escritórios governamentais chineses no condado de Aba, na província de Sichuan - vizinha ao Tibete e de forte população tibetana -, confirmando oficialmente a existência de manifestações violentas fora da região autônoma.As fontes oficiais citadas pela "Xinhua" destacaram que os manifestantes estavam com bandeiras do Governo tibetano no exílio, pedindo a independência do Tibete.Sem confirmação independente, a agência "Xinhua" informou que a violência começou em Lhasa, onde protestos ocorrem desde 10 de março, e causou a morte de 13 "pessoas inocentes" e pelo menos 3 manifestantes, deixou 325 feridos e danos materiais de US$ 28 milhões.Segundo os grupos tibetanos no exílio, o número de mortos já é de mais de cem. EFE pc/an

A China e seus contrabandistas


A imprensa noticiou recentemente que certo cidadão dupla nacionalidade, chinês e brasileiro, acusado de contrabando de mercadorias, que se encontrava preso, foi libertado, por falta de provas das aludidas atividades ilícitas, e aguardará em liberdade até o julgamento relativamente ao caso.

Não obstante, todo cidadão de qualquer nação, ter o inalienável direito à defesa, como também que, qualquer um é inocente até que se prove ao contrário, no caso deste “bandido”, tal assertiva não tem o menor sentido.

Qualquer pessoa minimamente informada acerca de negócios comerciais na capital de São Paulo sabe, perfeitamente, que na região central, notadamente na zona da conhecida Rua 25 de Março, impera a olhos vistos o contrabando de mercadorias, provenientes notadamente da China.

Então à alegação de “falta de provas”, soa, minimamente, como insulto à inteligência até mesmo do gato lá de casa, que, aliás, não é de falar muito.

O referido acusado deveria não apenas estar preso, mas presumivelmente com seus bens bloqueados e depois de cumprir pena, no caso, exemplarmente, expulso de nossa bela nação.

Os produtos chineses, além de apresentar com normal freqüência qualidade duvidosa, afligem os interesses nacionais, pois o subfaturamento ou contrabando puro é pratica normal e cotidiana.

Essa gente que infestou a zona central de São Paulo, chineses e coreanos, praticam, via de regra, sonegação fiscal, dumping, truste e descumprimento às elementares leis trabalhistas aliciando criminosamente, bolivianos e outros cucarachos latinos, que a guisa de sobrevivência e falta de documentação, são submetidos a subempregos e tratamento aviltante.

Pior que isso, chineses e coreanos que infectam o mercado atacadista e do varejo, não raro, sequer dominam nossa língua, e com raro acinte, trafegam nas cercanias, com carrões importados e nariz empinado.

No mundo corporativo atual, a prática do comércio internacional, por conta da globalização, permite-se com incrível freqüência, operações desonestas e de origem pouco edificante, como no caso da China, onde a falta de pagamento de marcas e patentes é o padrão, e a prática de salários indignos é o usual, com o claro objetivo de dominação de mercado internacional nos mais diversos segmentos.

Isto para não citar que aquele país resulta lesa humanidade, por ter se tornado um dos maiores poluidores do meio ambiente global, como também, outros aspectos não menos relevantes, notadamente na questão dos direitos humanos.

Acrescente-se ainda, à dominação política e econômica, vergonhosa que praticam no Tibet, contrariamente às expectativas e anseios daquele povo, gente boa.

Enquanto isso, a grande maioria, se prepara para aplaudir as encenações toscas dos jogos olímpicos promovidos pelo citado país e seus atletas turbinados. A encenação é tão engraçada, que foi estabelecido pelos seus próprios organizadores, o momento e intensidade que o público local deve aplaudir os feitos dos “grandes” atletas.


De outra parte, em nosso país, diariamente, postos de trabalho são fechados, por conta de perda de competitividade com os produtos chineses, levando até mesmo empresários brasileiros a montarem unidades fabris naquela região, lá do fim do mundo.

É bem verdade que exportamos bastante para a China e paises circunvizinhos, todavia o normal são matérias-primas, de baixo valor agregado, e aquela lição do café de tão longínquo tempo (exportávamos café para os Estados Unidos e em seguida importávamos deles café solúvel), parece que não foi ainda dirigida pelas tais autoridades brasileiras.

Pensando bem, talvez seja mesmo o caso de nosso governo não ter talento para tanto, já que suas prioridades parecem ser outras, principalmente com a concessão de bolsas isso, bolsas aquilo que muito se assemelha à prática dos antigos coronéis de um voto por um almoço ou dentadura.

Nossos dirigentes precisam entender que o trabalho dignifica o homem e não um monte de gente saudável ficando em casa, mamando à custa dos contribuintes.


É preciso que o governo brasileiro salte de sua normal letargia para reagir contra estes criminosos, sanguessugas do Brasil. Intensificação reacionária nos portos com relação às mercadorias advindas daquela área do mundo, sobretudo com gente de talento, que saiba comparar preços, conferencia maciça de quantidades etc. tal e na constatação de praticas criminosas, proibir, literalmente, o comércio por parte daquele país.

Acorda Brasil!

Desejo aos generosos leitores (as), boa páscoa e saborosos ovos de chocolate, made in Brasil.

Luta de China com Dalai Lama é de 'vida ou morte', diz líder

19-03-2008
11:10:58

Pequim, 19 mar (Lusa) - A China luta contra o Dalai Lama um combate de "vida ou morte", disse o líder do Partido Comunista do Tibete, Zhang Qingli, citado pelo jornal oficial Tibet Daily, em um violento ataque ao líder espiritual tibetano no exílio."O Dalai Lama é um lobo com hábito de monge, um diabo de face humana, mas com o coração de uma fera", disse Zhang, conhecido por suas posições ortodoxas, em reunião do governo regional tibetano."O que lutamos é uma batalha feroz de sangue e fogo contra o grupo de Dalai Lama, uma batalha de vida ou de morte entre nós e o inimigo", disse Zhang.O tema da batalha de "vida ou morte" foi repetido nesta quarta-feira também em Pequim, em uma entrevista coletiva do ex-vice-presidente da assembléia legislativa chinesa Ragdi, que possui etnia tibetana."O combate de vida ou morte entre nós e o grupo de Dalai Lama e seus apoiadores em alguns países do ocidente, que buscam o antagonismo, é uma competição política pela escolha entre a separação e a unificação" do Tibete, disse Ragdi aos jornalistas.Ragdi, presidente honorário da Comissão Consultiva para o Desenvolvimento da Região Autônoma do Tibete, declarou ainda que o governo já esperava novos protestos contra a administração chinesa."Um acontecimento separatista teria acontecido mais cedo ou mais tarde. Era só uma questão de tempo e local", disse Ragdi, que entrou no Partido Comunista do Tibete na década de 70 e é um dos poucos tibetanos que subiram na hierarquia do poder na China.Os protestos em Lhasa, capital do Tibete, foram os piores desde 1989. Os manifestantes, liderados por monges, iniciaram uma vigília pacífica no dia 10 de março, aniversário do fracassado levante de 1959 contra a dominação, quando o Exército chinês entrou na região e matou dezenas de milhares de pessoas. A manifestação tornou-se violenta na sexta-feira e o governo chinês acusa os manifestantes de serem responsáveis pela morte de 16 pessoas. Os grupos exilados tibetanos desmentem e dizem que a repressão da China causou entre 80 e 100 mortos.Na terça-feira, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, acusou os seguidores de Dalai Lama de terem organizado os protestos para sabotar os Jogos Olímpicos de Pequim, que acontecem entre 8 e 24 de agosto, e promover o que considera uma "campanha a favor da independência" do Tibete.O Dalai Lama, prêmio Nobel da paz em 1989, insiste que defende apenas uma "autonomia significativa" para o território e apelou a seus seguidores para agirem pacificamente, ameaçando deixar a chefia do governo no exílio se a violência ficar fora de controle.O líder espiritual apelou também para o diálogo com Pequim, algo que a China recusou liminarmente.

China diz que 105 manifestantes tibetanos se entregaram

19/03/2008
09:49

PEQUIM - A polícia chinesa anunciou que 105 tibetanos envolvidos nos distúrbios de Lhasa se entregaram nesta quarta-feira. A onda de protestos se estendeu a três províncias chinesas com grandes comunidades tibetanas.

Tibetanos incendeiam carros em protestos contra China


14-03-2008

09:19:43


Pequim, 14 mar (Lusa) - Centenas de pessoas se reuniram nesta sexta-feira, na capital tibetana, em novas manifestações lideradas por monges budistas contra a administração chinesa no Tibete, queimando carros da polícia, segundo a rádio Free Asia.Uma mulher tibetana, com familiares em Lhasa, capital do Tibete, disse à rádio que “as manifestações já têm centenas de pessoas, incluindo monges e civis”."Os manifestantes queimaram carros da polícia e do exército no centro de Lhasa”, disse a mesma fonte.Estas são as maiores manifestações no Tibete contra o domínio chinês desde 1989. A tensão aumenta na região desde segunda-feira e já levou dois monges a tentar o suicídio e fez as autoridades chinesas cercar e fechar mosteiros.O departamento da região autônoma do Tibete, em Pequim, disse nesta sexta-feira à Agência Lusa que os pedidos de autorização para entrada no Tibete estão suspensos."Não é possível pedir licenças de entrada”, disse um funcionário do departamento, que não se identificou nem soube dizer quando será possível voltar a pedir autorização de viagem para o Tibete, onde o governo chinês só permite a entrada de estrangeiros com vistos de viagem especiais, que são quase sempre recusados aos jornalistas.A rádio Free Asia informou, nesta sexta-feira, que os monges budistas do mosteiro de Sera iniciaram na quinta uma greve de fome dentro do próprio mosteiro e se recusam também a dormir até que as autoridades libertem os monges supostamente presos durante as manifestações desta semana."Há uma atmosfera crescente de medo e tensão em Lhasa no momento", disse à imprensa estrangeira Kate Saunders, porta-voz da organização Campanha Internacional pelo Tibete (CIT), sediada em Londres.“Muitos outros monges estão se ferindo em desespero”, disse uma fonte anônima à Free Asia.De acordo com a CIT, as manifestações já se espalharam também pelos mosteiros de Reting e de Ganden, além de Sera, que são os mais importantes da região, chamados de “três pilares do Tibete”.Milhares de militares e de membros da polícia paramilitar cercaram os três mosteiros, segundo a CIT. Uma agência de viagens de Pequim confirmou nesta sexta-feira à Agência Lusa ter informações de que “os três mosteiros estão fechados a visitas de grupos turísticos”.As manifestações voltam a questionar a forma como a China administra o Tibete, poucos meses antes dos Jogos Olímpicos de Pequim, que ocorrem entre 8 e 24 de agosto.Os protestos começaram na segunda-feira, dia do aniversário da entrada das tropas chinesas no Tibete, em 1959. Há 49 anos, o exército esmagou uma revolta contra a presença da China na região e, como conseqüência, o Dalai Lama, líder religioso tibetano, partiu para o exílio na Índia.A China insiste que Dalai Lama não é um líder religioso, mas sim um líder político separatista que busca a independência do Tibete.O Dalai Lama, Prêmio Nobel da Paz em 1989 por sua dedicação não-violenta pela causa tibetana, diz ter abandonado as exigências iniciais de independência para o Tibete, defendendo uma “autonomia real e significativa” que preserve a cultura, a língua e o meio ambiente tibetanos.Tentativa de suicídioA situação no Tibete ficou ainda mais tensa após dois monges tentarem o suicídio."Os dois monges, que aparentemente tentaram suicídio, foram identificados [...]. Estão em estado crítico e têm pouca probabilidade de sobreviver”, disse a organização Campanha Internacional pelo Tibete, sediada em Londres, que citava testemunhos divulgados pela rádio Free Asia.De acordo com a rádio financiada pelo governo dos Estados Unidos, os dois monges correm risco de vida depois de terem cortado os pulsos em uma aparente tentativa de suicídio.Segundo a Campanha Internacional pelo Tibete, os monges, que pertencem ao mosteiro de Drepung, foram presos, mas as autoridades chinesas negam essa informação.