domingo, 30 de março de 2008

China ameaça aumentar força, e tibetanos falam em cem mortos

15/03/2008

23:10


O governo da China deu um ultimato e ameaçou punir com rigor os revoltosos do Tibete que não se renderem até a próxima segunda-feira (17). Já os tibetanos afirmaram neste sábado (15) que os mortos nos confrontos contra os chineses chegam a cem. A informação, publicada pela rede americana CNN, vem confrontar o número divulgado pela agência chinesa Xinhua, que era de dez mortos.

É grande a dificuldade em conseguir checar informações vindas do Tibete. As únicas imagens divulgadas até agora foram feitas pelos chineses e, de acordo com estrangeiros que estavam no local, não mostram os dois lados do conflito.
A violência começou quando a polícia chinesa bloqueou uma marcha de monges em Lhasa, na sexta-feira, em protesto contra o domínio chinês no país. Os manifestantes têm se confrontado com a polícia em várias regiões, desde o dia 10 de março, 49º aniversário do levante que levou Dalai Lama ao exílio.

Em Katmandu, no Nepal, cerca de cem tibetanos exilados, incluindo monges, freiras e crianças, começaram neste sábado uma greve de fome para protestar contra os mortos em Lhasa. “Não sei quanto tempo a greve deve durar. Foi um ato espontâneo”, afirmou à CNN Thupten Tenzing Jamphel, monge que preside a organização Nepal-Tibetan Youth Volunteers for Free Tibet, que luta pela independência.

Pelo menos 12 refugiados tibetanos, incluindo alguns monges, foram presos neste sábado por obstruir o trânsito em frente ao escritório das Nações Unidas, em Katmandu. De acordo com a polícia, eles seriam liberados ainda nesta noite. Os tibetanos divulgaram que 48 deles foram presos.

E a movimentação continua. Cerca de 200 tibetanos participaram de uma marcha com velas em Katmandu na sexta-feira, e outra está programada para este sábado. Em Delhi, na Índia, tibetanos estão em Jama Masjid, única área em que a polícia tem permitido que eles se reúnam.
A polícia Indiana também promete agir contra os manifestantes, caso as ações continuem. Sessenta e uma pessoas foram detidas nos protesto de sexta-feira, e a polícia está aconselhando os moradores a não saírem de casa neste sábado

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