domingo, 30 de março de 2008

UE pede à China que restrinja uso da violência no Tibet

14/03/2008
13:07

BRUXELAS, Bélgica (Reuters) - Os dirigentes da União Européia (UE) conclamaram a China na sexta-feira a agir com moderação no Tibet, depois da violência registrada em Lhasa durante manifestações pró-independência, afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner.
"Nós pedimos moderação da parte das autoridades chinesas. Pedimos que os direitos humanos sejam respeitados. Há uma condenação bastante contundente vinda de todos, do Conselho Europeu e dos 27 países-membros (do bloco)", disse Kouchner.
Um comunicado acertado pelos líderes da UE ao final de uma cúpula de dois dias, realizada em Bruxelas, também defendeu a libertação das pessoas presas no Tibet.
As passeatas pacíficas realizadas por monges budistas nos últimos dias deram lugar aos maiores e mais ferozes protestos ocorridos na região em quase duas décadas, e isso a apenas alguns meses das Olimpíadas de Pequim.
Os manifestantes queimaram lojas e veículos na sexta-feira e gritaram palavras de ordem em defesa da democracia, fazendo com que o Dalai Lama apelasse ao governo chinês a fim de que parasse de usar a "força bruta".
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, afirmou em uma entrevista coletiva realizada após a cúpula: "Estamos muito preocupados com o que está acontecendo no Tibet."
Segundo Kouchner, o comunicado dos líderes da UE não mencionou os Jogos Olímpicos porque o evento ocorre em agosto.
"A França não é a favor de um boicote. Mas a França poderia chamar atenção para o fato de os Jogos coincidirem com os apelos feitos pelos tibetanos, apelos esses que a China precisa levar em conta", afirmou.
(Por Huw Jones e Adrian Croft)

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