domingo, 30 de março de 2008

SITES DE ONGS PRÓ-TIBETE E DARFUR SOFREM ATAQUES NA CHINA

26/03/2008
14:43

LONDRES, 26 MAR (ANSA) - Organizações não governamentais consideradas hostis ao governo chinês sofrem, além da suspensão de seus sites na internet pelas autoridades, ataques de hackers, de acordo com uma reportagem transmitida hoje pela rede de TV britânica British Broadcasting Corporation (BBC). Entre as vítimas dos ataques virtuais estão organizações a favor do Tibet e a coalizão "Salve Darfur", que critica a atuação chinesa na região de Darfur no Sudão, que sofre uma séria crise há anos, na qual já morreram milhares de pessoas devido aos conflitos entre os árabes e a minoria africana que habita essa região do país. Representantes da "Salve Darfur" afirmaram que também levaram as reclamações sobre os ataques via internet à entidade da justiça norte-americana Federal Bureau of Investigation (FBI). Segundo eles, a maioria dos ataques ocorre sob a forma de mensagens de e-mail com anexos que, quando abertos, instalam "programas espiões" que permitem saber o que ocorre nos computadores em que se instalam. As primeiras investigações apontaram que essas mensagens vêm de computadores da capital chinesa. "Alguém em Pequim está nos mandando uma mensagem, ainda que não tenhamos provas concretas de que os ataques tenham sido organizados pelo governo", disse a porta-voz da organização, Allyn Brooks. As tragédias humanitárias de Darfur mobilizam a atenção internacional - a organização "Salve Darfur" reúne mais de 130 milhões de participante de diversas nacionalidades. O governo chinês é acusado de patrocinar o genocídio dos africanos vendendo armas ao governo do Sudão, além de não colaborar tanto quanto poderia para a melhoria da situação do país, com o qual mantém intenso intercâmbio comercial (cerca de 71% das exportações sudanesas vêm da China, que também é seu maior importador). Segundo um informe do Internet Storm Center, site que limita a atividade de vírus informativos, desde o começo das novas revoltas do Tibet contra o domínio chinês, em março deste ano, os ataques de hackers a sites que apóiam a posição dos monges tibetanos triplicaram. (ANSA)

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